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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Kingdom Hearts 2


A série retorna grandiosa

Muito bem. Vocês vieram então ler esta matéria… Já que é assim, antes que prossigam, um ato é exigido: Se ajoelhem agora!
Isso mesmo… Se curvem antes de continuar lendo esta matéria. Se curvem não apenas para um game que é uma virtuose em todos os sentidos. Se curvem não apenas para um homem que fez o que parecia impossível. Se curvem não apenas para a MAIOR série de RPGs atuais. Se curvem para todo o conjunto da obra que engloba os três aspectos acima.
Se curvem para Kingdom Hearts 2.
A maior epopéia do seu PS2
Dirigido por Tetsuya Nomura, o Kingdom Hearts original já se mostrava um game com um enorme potencial. Foi um RPG que certamente ficava acima de todos os outros RPGs “não Final Fantasy”. Aliás, foi um RPG que para muita gente quase se igualava ao poderoso Final Fantasy X. Quase… Pois duas coisas atrapalhavam tal feito:
A primeira coisa, era a câmera deficiente de Kingdom Hearts, que comumente mais lhe atrapalhava do que te ajudava. Segunda coisa era a falta de uma certeza de que esta franquia pudesse ter um prognóstico de um futuro promissor. Afinal era apenas o primeiro game. Entretanto, no final secreto de KH era a notícia que os fãs esperavam veio de maneira super antecipada: A certeza de uma continuação da série.
Com isso, tanto KH, quanto Tetsuya Nomura mandava um recado, que KH poderia provar que era sim mais uma série poderosa da Square, que na verdade tem apenas Final Fantasy como bicho de sete cabeças. Nomura poderia provar que sua experiência farta como designer de Final Fantasy, trabalhando por tanto tempo e tão próximo de Sakagushi, lhe teria dado subsídios necessários para ser um dos grandes nomes no mundo dos games. E assim aconteceu. E de maneira muito maior do que o esperado, ou mesmo o previsto…
Kingdom Hearts 2 serve para mostrar duas coisas que são simplismente surpreendentes, a primeira é que a Square provavelmente tenha criado algo ainda maior que seu Final Fantasy. Isso somente na segunda investida da serie Kingdom Hearts! A segunda é que com KH2, o nome de Tetsuya Nomura já percorre não apenas entre os grandes nomes da indústria videogamística. Mas sim entre os gênios desta mesma indústria como Hideo Kojima e Shigeru Miyamoto.
Sei que alguns vão achar isso um exagero, pois KH fez muito de sua fama justamente por pegar emprestado personagens da série Final Fantasy. Além disso, muitos vão achar estar muito tenro chamarmos Nomura de gênio, sendo que este é apenas sua segunda grande investida como diretor no mundo dos games.
Entretanto, peço-lhe encarecidamente, que enquanto está aqui, lendo esta matéria, e de preferência ainda se curvando a este game, que faça uma pequena análise pessoal sobre o que aqui for dito. E que após ler toda matéria, que experimente jogar este game, mesmo que por apenas alguns minutos…
E o mundo de fantasia está de volta…
Após um período aproximado de quatro anos após o lançamento de Kingdom Hearts, Kingdom Hearts 2 chega trazendo novamente o conceito que ele mesmo criou. Novamente, como seria óbvio, o game traz de volta o melhor do mundo mágico da Disney somado ao que de mais marcante há no mundo excepcional da série Final Fantasy.
Apesar de Kingdom Hearts 2 não ter criado tal conceito, o faz de maneira muito mais criativa e ampla do que seu antecessor. Agora, além de praticamente todos os personagens da Disney que já haviam feito uma participação em KH estarem de volta, muitos outros foram adicionados. A mesma consideração pode ser feita acerca dos personagens de Final Fantasy.
É algo verdadeiramente único e emocionante vermos personagens tão nostálgicos como Cloud e Leon (Squall) interagindo com personagens mágicos como Merlin e Donald. Assim como no primeiro KH, muita gente ainda tem uma resistência a aceitar tal mistura. Tais pessoas sustentam que personagens tão infantis quanto os da Disney não poderiam nunca interagir de maneira saudável com personagens tão complexos como um Leon de Final Fantasy 8, por exemplo.
Mas tolos são essas pessoas em dizerem isso sem sequer experimentar o game…
Mas tolos são essas pessoas em dizerem que personagens da Disney não podem ser complexos e maduros…
Mas tolos são essas pessoas por julgarem Kingdom Hearts 2 por puro preconceito.
Nunca uma “mistureba” de personagens foi tão bem feita. E tão bem trabalhada para que ficasse bem feita.
Nunca uma “mistureba” de personagens foi tão original. E tão bem trabalhada para que ficasse original.
Nunca uma “mistureba” de personagens foi assim tão bem bolada e cativante. E até que um Kingdom Hearts 3 veja a luz do dia, nunca o será.
Mas não pense que Kingdom Hearts 2 vive apenas dos personagens da Disney ou de Final Fantasy… Assim como o KH original, KH2 tem como personagens principais da trama, seres totalmente novos. Entretanto não menos cativantes e complexos. Pelo contrário. Personagens como Riku, Roxas e Sora são personagens extremamente complexos, não perdendo em nada nesse aspecto para nenhum personagem de Final Fantasy. Ao mesmo tempo, tais personagens conseguem ser tão divertidos e carismáticos quanto qualquer personagem da Disney.
Tal aspecto cria uma composição homogênea de personagens, o que vem somente a somar ao game. Além disso, os mundos tão brilhantes e mágicos da Disney estão de volta. E da mesma forma que seus personagens, a maioria dos mundos da Disney que apareceram em KH estão de volta em KH2. E somados a estes, novos mundos foram adicionados para a alegria dos jogadores e maior longevidade do game.
Bom. Agora que os já enunciei alguns dos aspectos mais importantes de Kingdom Hearts 2 de maneira mais superficial, está na hora de fazer o que somente a GameHall faz tão bem com sua análises. É hora de destrinchar este game, ao maximo possível, para mostrar todas as facetas desta obra prima da Square Enix.
É hora da verdadeira análise de Kingdom Hearts 2.
Um turismo pelas obras primas da Disney
Evidentemente, o aspecto mais chamativo de Kingdom Hearts 2 é a utilização de clássicos da Disney para composição de seus mundos. É evidente que para um bom aproveitamento destes mundos, é necessária criatividade e competência, pois não adiantaria nada ter uma franquia de sucesso na mão e não saber utilizar. A Sega que o diga…
Mas não se preocupem. Kingdom Hearts 2 está quilômetros de distância de sofrer com esse tipo de coisa. Muito pelo contrário, Kingdom Hearts 2 além de conseguir manter toda a magia que cada um dos desenhos da Disney utilizados possuem, amplia o conceito de cada um, incluindo Sora e seus amigos de uma forma tão maravilhosa em cada história, que nos faz parecer que o desenho original possuía a intervenção de Sora.
É algo único, pois além de nos maravilharmos novamente com a história de desenhos como MulanA Bela e a Fera, nos maravilhamos também com a adição da história de Sora nesses universos.
Além disso, devido a essa inclusão de Sora, as histórias Disney ganham uma profundidade tão imensa, mas tão imensa, que batem qualquer Final Fantasy por aí. E nem venham me falar de Final Fantasy 7 e suas extensões e tudo mais… Nenhum game bate Kingdom Hearts 2 até o momento em profundidade de história.
Mas enfim… Não estou aqui para contar a história do game inteira e estragar a surpresa daqueles que ainda não jogaram o game. E ainda não é hora de dar uma pincelada nela também. Agora é a hora de uma rápida passada nos mundos que compõem o game. Vamos a eles então:
Twilight Town: É aqui que o game se inicia. Este é um mundo criado exclusivamente para o game. É um ponto central do game, assim como o personagem que é controlado inicialmente neste mundo: Roxas.
Hollow Blastion: Este mundo retorna em KH 2. Entretanto, não mais como a “zona” que ele era em KH. E também nada de Fera aqui. Na verdade, agora este mundo está sendo habitado por Leon e os outros residentes de Traverse Town. Este mundo é outro ponto importante para o game, e “dentro” deste é que encontramos dois outros mundos de KH 2: O “100-Acre Wood” e o “Space Paranoids”.
100-Acre Wood: Este é o mundo do insuportável ursinho Pooh. Inicialmente, o livro que contém esse mundo (o do Merlin de KH lembram-se?) perdeu suas páginas e cabe a Sora reconstruir esse mundo unindo as páginas ao livro novamente. É o mundo mais chato e desisteressante do game.
Space Paranoids: Esse é o mundo do filme “Tron”. E esse é um dos mais legais do game. Além de todo o visual característico do filme, temos a oportunidade de participarmos de um jogo de motos inspirado nos acontecimentos passados do filme. Impagável!!!
Disney Castle: Este é o mundo em que Mickey reside e é majestade. Visto apenas em certas passagens de história no game original, agora em KH 2 é um mundo vasto a ser explorado, além de ser também um mundo de extrema importância para o enredo do game. É aqui que temos acesso ao mundo mais inusitado e nostálgico de todos: O “Timeless River”.
Timeless River: Esse mundo é inspirado no primeiro desenho animado com som do mundo! Além disso foi o primeiro desenho que apresentou ao mundo Mickey. Estou falando do insuperável desenho Steamboat Willie. Aqui tudo é em preto e branco. Alem disso, os traços dos personagens, incluindo Sora, se transportam para o design de personagens da época. A mesma coisa acontece com o som desse mundo dá a impressão de velho. O mundo mais criativo com certeza. Uma dica? Assistam o desenho, pois vale a pena!
The Land of Dragons: Esse mundo é baseado no clássico da Disney “Mulan”. Um mundo extremamente detalhado, mas que não nos traz nenhum tipo de emoção nostálgica. Talvez por esse desenho ser mais atual e já se passar na época em que a Disney estava em decadência no mundo dos longa animados. Mas ainda assim uma experiência como poucas nos games.
Beast´s Castle: Baseado no clássico “Beauty and the Beast ”. Se passa durante os acontecimentos em que a Fera está quase sem tempo para aprender a amar ou então será destinado a ser a aparência de uma fera até a morte. Um mundo que além de belo, é nostálgico.
Olympus Coliseum: O mundo de Hercules retorna direto de KH. Mas agora ele ganhou uma senhora extensão: O submundo de Hades. As batalhas agora não se passam mais no Coliseu de Hercules, mas sim no Coliseu de Hades, que em teoria tem batalhas muito mais difíceis. O destaque aqui é a aparição muito bem trabalhada de Auron, de FF 10. O que apesar de não ser na Disney e muito menos do mundo de Hercules, coube perfeitamente no formato histórico deste mundo.
Atlântida: Se passa no mundo de “The Little Mermaid”. Aqui não existe uma única batalha sequer. Mesmo a “luta” contra Ursula não pode ser considerada uma batalha. Assim como o desenho, esse mundo é muito mais musical, o que impressiona muito. Todas as músicas foram retiradas diretamente no desenho original.
Port Royal: Esse seja talvez o mais curioso dos mundos de KH 2. Baseado no filme "Pirates of Caribbean: The Curse of Black Pearl", esse mundo traz um grafismo bem diferente dos outros mundos, justamente por se tratar de um filme. Apesar disso, é um mundo com um visual muito impressionante, com um foto realismo supremo.
Agrabah: Mais um mundo que retorna direto de KH. Baseado em Aladdin, desta vez esse mundo segue de perto a história do segundo longa metragem, que conta a volta da ameaça de Jafar. Agora, além de mais belo, o personagem Aladdin é um combatente muito melhor que sua versão em KH.
Halloween Town: Outro mundo que retorna. Baseado diretamente em The Nightmare Before Cristmas. Não ocorre muita coisa legal aqui, apesar de ser bem melhor que sua lamentável aparição em KH. Para quem conhece bem o desenho, se torna um mundo bem interessante, apesar de dispensável.
Pride Land: Um mundo muito cultuado e conhecido da Disney que retrata os acontecimentos que se passam em “The Lion King”. Aqui, além de Sora se tornar um leão filhote, foi-se representado tudo o que se vê no desenho de forma brilhante. Destaque para a representação que o game fez da morte de Mufasa, um dos pontos mais dramáticos de toda a história da Disney.
The World that Was Never Was: O mundo derradeiro de KH 2, e assim como o mundo que desempenha esse papel em KH, foi construído para o game. Este mundo, além de ser o maisDarkness de todos, é o mundo que contém maiores revelações sobre o enredo. Um mundo que tem sua grande importância nesse aspecto, coisa que o faz se esquecer completamente se ele é Disney ou não.
Bem, esses são os mundos que compõem Kingdom Hearts 2, e com certeza, o primeiro motivo de seu sucesso estratosférico. Afinal, Disney é Disney!! (pelos menos antigamente…)
Mas assim como já disse em minha análise sobre KH, de nada adiantaria esses mundos sem que: A equipe de produção não soubesse trabalhá-los, sem que os personagens criados para o game fossem bons e que se assemelhassem com os personagens tanto da Disney, quanto os de Final Fantasy e sem um bom enredo que amarrasse isso tudo.
Já disse aqui que do primeiro mal KH 2 não sofria, e deixei ao ar que do último também não. Este último, vou explicá-lo mais tarde. Cabe agora mostrar que os personagens criados para o game são tão bons ou melhores aos de Final Fantasy e os da Disney.
Roxas?!
Se tem algo que qualquer um que jogou Kingdom Hearts vai estranhar assim que começar Kingdom Hearts 2 é o fato de começarmos com um novo personagem chamado Roxas.
Aliás, as primeiras horas de jogo representam na verdade 6 dias na vida se Roxas em Twilight Town. São 6 dias em que personificaremos Roxas com seus amigo nessa cidade, e em que começam a acontecer coisas estranhas. Tais acontecimentos, estão intimamente interligados com o desenvolvimento do enredo do game. Assim como Roxas está intimamente ligado a Sora…
O que que há velhinho?
Não… O Pernalonga não faz nenhuma participação especial em Kingdom Hearts 2. O que o subtítulo acima representa é que agora os personagens que conhecemos dos games anteriores estão mais velhos… E por conseqüência, mais maduros.
Ou seja… Acostume-se a ver Sora e Kairi com “outros” olhos. Sora não mudou muito, sua grande mudança ficou por conta de suas vestimentas. Já com Kairi, a história é outra…
Kairi esta visivelmente mudada, mas sem ter perdido suas características faciais. Foi um trabalho muito bem feito na verdade, pois Kairi apesar de ser um personagem visivelmente com características de desenho, e não reais, envelheceu como um personagem com características reais… Ou seja, nota dez pra equipe de Kingdom Hearts 2 nesse ponto!!! Sem contar que ela ficou uma gracinha… Mais uns anos de idade e ela já fica no ponto…. Huahuahua!!!!
Bom… Daí vocês me perguntam: E quanto ao personagem mais complexo do game anterior, Riku? Eu respondo a vocês: Não vou falar nada! Porque não? Porque se não vou estragar a surpresa de muitos, pois novamente Riku é uma peça muito importante no enredo. Vou me ater a dizer que Riku continua sendo um personagem complexo…
Sei que disse acima que iria mostrar que os personagens criados para o game são ótimos e tudo mais… Mas não preciso fazer isso aqui… Afinal, todo mundo já sabe disso faz quatro anos, com Kingdom Hearts. Vou dizer então somente uma coisa: O enredo está tão mais denso e adulto, justamente porque Sora, Kairi e Riku estão muito mais densos e adultos. Tirem suas próprias conclusões a partir daí e com certeza terão uma resposta correta.
Novidades no elenco
É claro que Kingdom Hearts 2 tem novidades também nesse sentido em relação a Kingdom Hearts. Não vou aqui ficar fazendo profiles de todos os mais importantes personagens que já apareceram em KH e depois fazer dos personagens que aparecem em KH 2.
Ao invés de todo este trabalho, vou me ater a mostrar quais foram as principais e mais interessantes adições para o elenco de KH.
Seifer: O personagem de Final Fantasy 8, inimigo mortal de Squall está no elenco de KH 2. Entretanto, aqui ele é representado como um pré-adolescente encrenqueiro em Twilight Town. Sua “gangue” é formada por outros três personagens de Final Fantasy que foram adicionados em KH 2. Razin, Fujin e Vivi.
Razin / Fujin: Os dois irmãos subservientes a Seifer em FF 8, retornam em KH 2 com a mesma função que tinham em FF 8: A subserviência a Seifer. Suas características de uma forma geral se mantiveram as mesmas, apesar de estes também serem mais infantis agora.
Vivi: Mais um da gangue de Seifer, Vivi é o Black Mage fofo que temos em nosso grupo em FF 9. Assim como em FF 9, aqui ele é inocente e fofo. As alterações aqui ficam restritas as suas roupagens, que agora contam com mais detalhes.
Auron: Sua aparição é muito engraçada. Hades diz que vai evocar “a mãe de todos os caras maus” que já estão mortos para dar um couro em Hercules, e daí ele aparece. Sua personalidade fria permanece inalterada, assim como sua eterna frase “this is my story”. FF 10 total! Além disso continua sendo o cara para batalhas. Seu design quase não foi alterado.
Tifa: Tifa vem diretamente de Advent Children para KH 2. Seu design, assim como seu temperamento e porradas são idênticos ao do filme já citado. Ela está em Hollow Blastion a procura de Cloud, apesar de ela nunca falar o nome de Cloud diretamente durante sua procura.
Cloud: Assim como Tifa, veio diretamente de Advent Children, o que faz de seu design um dos melhores do game. Ele está a procura do eterno “One Winged Angel” Sephiroth! E tem mais, sua história com Sephiroth é ótima, unindo de maneira brilhante o enredo de FF 7 e o enredo de KH 2.
Sephiroth: Ele está de volta com o mesmo design de KH. Apesar de seu layout não estar baseado em Advent Children, o que seria perfeito, mas ele está de volta, e é isso o que conta! Sephiroth é o cara!
Pete: Conhecido como “Bafo de onça” por aqui, agora ele é um dos vilões do game. Subserviente a Malleficent (de Cinderela) ele controla os Heartless. Apesar de ser um vilão, continua sendo um desastrado como o usual. Seu design para o game ficou muito animal!
Malleficent: Ela retorna das trevas para: Primeiro, conquistar o mundo da Disney e o Kingdom Hearts. Segundo: Vingança contra Sora. Ela controla os Heartless assim como Pete, que somente os controla por permissão dela.
Organization XIII: Misteriosa organização composta por vários Nobodies bem mais poderosos e complexos do que os nobodies regulares. Serão os grandes vilões do game, estando eles atrás do controle do Kingdom Hearts.
Nobodies: São seres que tem sua fonte de existência parecida com a dos heartless, entretanto são bem mais poderosos que os mesmos. Eles provém de… Opa! Se eu contar estrago a surpresa de quem vai jogar o game… Sorry!
Ancem: Sim! O vilão de KH está de volta. Bom, não é que ele esteja de volta. O que acontece é que… De novo! Quase falo o que não devo…
É claro que não apenas estes “novos” personagens merecem destaque. Aerith, Cid entre outros também estão de volta, e estão melhores do que nunca. Destaque nesse aspecto para Leon (Squall) que foi muito melhor aproveitado desta vez.
Que coisa LINDA!!!!!
É o seguinte, vamos deixar algumas coisas muito claras por aqui: Jogo bonitinho é uma coisa, jogo bonito é outra e virtuoses gráficas são o que há! Sendo assim, deixemos algo muito claro, Kingdom Hearts 2 não é apenas bonito, é uma virtuose que o PS2 roda sem nem saber como.
Games que podem ser consideradas virtuoses gráficas são: Black, por sua insanidade na tela ao mesmo tempo; Final Fantasy 12, por unir tão maravilhosamente o real com o ilusório e ter as mais lindas GCs do universo; Zone of the Enders 2, por ser rápido como um raio e ter um Cell-Shaded supremo; Shadow of Colossous, por seu visual artístico único e Metal Gear Solid 3, por ser além de o game que mais se aproxima com a realidade no PS2 tem o simulador de anti-aliasing mais bem trabalhado do PS2.
Eu sei que muitos vão citar Tekken 5, Soul Calibur 3 entre outros nessa lista, mas a verdade é que tais games não são virtuoses no sentido gráfico, apesar de serem lindos de matar.
Certo, agora vamos falar de Kingdom Hearts 2. Ele não é tão realista quanto MGS3, não é tão artístico quanto Shadow of Colossus, não é tão furioso quanto Zone of the Enders 2, não tem a insanidade de Black e não tem o nome supremo de Final Fantasy em seu título.
Daí você me pergunta: Como então ele pode ser considerado uma virtuose visual se ele individualmente não é como as outras virtuoses do PS2? E eu te respondo: Porque ele é o único game que une TODAS as qualidades de cada game apontado acima em um único envelope!
Como assim? Certo: Kingdom Hearts 2 é artístico pra burro no que se propõe, é realista pra burro no que se propõe, é veloz e furioso pra burro no que se propõe, é insano pra burro no que se propõe e com certeza não precisa de nenhum outro titulo que não o seu para impressionar. Ficou confuso? Eu explico.
O game tem uma jogabilidade muito melhorada e rápida, o que lhe dá uma furiosidade muito superior à qualquer outro RPG, ou mesmo do que muito game de ação por aí. Ele tem uma insanidade de inimigos e elementos ao mesmo tempo na tela de dar inveja a muito game de tiro o que para um RPG é algo quase que inédito. Ele tem CGs impressionantes, não perdendo pra nenhuma outra CG de nenhum outro game, pois as CGs e os visual in-game de Kingdom Hearts 2 são tão artísticos, que superam a “falta” de realismo do game, que não precisa, em nenhum momento ser real, já que trata basicamente de desenhos da Disney.
Ainda confuso? Bom… Então fica difícil de dizer como o visual de Kingdom Hearts 2 é único e especial sem ter que apelar pro bom e velho: “É muito rox cara!!!”
O que posso dizer quanto ao visual de Kingdom Hearts 2 que seja de assimiliçao imediata? Posso dizer que por assimilar em si vários aspectos em um só conteúdo, Kingdom Hearts 2 tem o visual mais belo do PS2, e porque não dessa geração. Digo isso mesmo sabendo que muita gente vai entender errado o que estou dizendo e vai defender as eternas “estrelinhas” RE4 (GameCube) e Ninja Gaiden (XBox). Mas que o visual de Kingdom Hearts 2 merece tal definição, isso merece.
Isso é um RPG ou um game de ação?!?!
Quando eu ouço alguém fazer essa pergunta eu até solto gargalhadas sem parar como um louco em uma rua interditada por gente andando pra lá e pra cá, mas não de deboche. Eu rio porque a Jogabilidade de Kingdom Hearts 2 realmente dá esse vão para esse tipo de pergunta, por ser tão rápida e cheia de… Justamente, ação.
Mas vamos do início, pois aqui tem muita, mas muita coisa nova. A configuração básica dos botões está praticamente idêntica a de Kingdom Hearts. Ou seja, não há necessidade de ficar se adaptando à uma jogabilidade diferente, pelo menos no inicio do game.
A janela de comandos de ação ainda está lá, no mesmo lugar e aparentemente com as mesmas opções do game anterior.
Entretanto, ao se aprofundar no game, em especial quando já se esta no controle de Sora, vê-se quantas e quão profundas são as alterações que Nomura e sua equipe prepararam para o jogador. Em primeiro lugar, agora existe os chamados “Reaction Actions”, algo do gênero de Shenmue e seus “Active Time Actions”. A grande diferença está em quando realizar tais ações.
Enquanto em Shenmue essas ações eram realizadas separadamente das batalhas em tempo real, em KH 2 tais ações se passam durante a própria batalha, ou seja, tudo em tempo real. Os Reactions funcionam da seguinte forma: Quando acima da janela de comandos aparecer o botão Triângulo, junto ao nome da ação a ser realizada, aperte-o. Simples assim. Algumas ações desse gênero são realizadas por completo pressionando apenas uma vez o botão. Mas algumas ações demandam pressioná-lo por mais de uma vez, realizando assim combos com os próprios Reactions.
Tais ações, quando usadas em chefes, criam uma experiência única, pois além de serem úteis/necessárias, criam uma orgia visual de encher os olhos. Outra brilhante inovação é o sistema de junção de personagens chamado “Form”. Com essa opção Sora se “funde” ou com Pateta, ou com Donald ou com dois personagens, sendo Donald e Pateta ou quaisquer outros personagens do grupo.
Quando Sora e algum outro personagem se “fundem”, Sora ganha poderes diferenciados que o auxiliam nas batalhas. Tais fusões necessitam de uma certa quantidade de barra de Drive. Uma barra que se enche a medida com que se acertam inimigos durante as batalhas. Tal barra é bem visível e se encontra ao lado as marcações de HP e MP de Sora.
Com quais personagens Sora se funde, e quais são os poderes ganhos por ele, dependem de qual das opções Form o jogador escolhe. Aqui vão todas as alternativas de Form que o game permite utilizar, e quais são os poderes ganhos por Sora:
Valor Form: Sora se funde com Pateta e se utiliza de duas Keyblades, o que aumenta muito o numero de hits do combo e por conseqüência o dano causado a ele. Não é possível se utilizar de magias. São necessárias 3 barras de Drive para ativar essa Form.
Wisdom Form: Sora se funde com Donald e se utiliza de tiros mágicos de sua Keyblade para acertar os inimigos. Nessa Form Sora pode, enquanto atira, voar. São necessárias 3 barras de Drive para ativar essa Form.
Master Form: Sora se unira com os seus dois companheiros de campo de batalha, não importando quem sejam eles. Essa Form é um tipo de união entre as melhores qualidades das duas Forms anteriores. Sora pode utilizar de magia e seus combos são incríveis. São necessárias 4 barras de Drive para ativar essa Form.
Final Form: Sora se funde com seus dois companheiros de batalha, não importando quais sejam eles. Sora controla via poder mental duas Keyblades, além de poder voar e usar magias. Seus golpes tem um poder devastador nessa Form. São necessárias 5 barras de Drive para ativar essa Form.
Anti-Form: Aleatóriamente, ao se tentar usar uma Form qualquer, Sora pode usar essa Anti-Form. Aqui, Sora se tranforma em um Heartless , podendo somente atacar nessa forma. Em contra partida, ele se locomove muito mais rápido.
Outra novidade é a opção Limit. Nessa opção, Sora e mais outro personagem criam ataques em conjunto. Quando acionada, uma barra Limit aparece no canto superior direito da tela e vai decrescendo. Esse é o tempo que o jogador terá para preparar o ataque e executá-lo.
É possível realizar ataques Limit não apenas com Pateta ou Donald, mas também com outros personagens como Aladdin ou Auron. Esses ataques ou podem ser acionados via o opção Limit na janela de opções, ou podem ser usados via Reaction quando possível for.
Outra opção interessante é o Party. Com ela é possível a qualquer momento, inclusive durante uma batalha, trocar seus companheiros, caso exista algum outro em “Stand by”. Lembrando que independente que o personagem Stand by tenha ou não participado da batalha, ele também irá ganhar os pontos de experiência provenientes da batalha.
Além destas opções, ainda existem as opções remanescentes de KH como Attack (MASTER of the OBVIOUS), Itens, para utilização de itens e a opção Summon, que assim como em KH, traz auxiliares extras para a batalha em detrimento dos dois companheiros no campo de batalha.
Quanto as Summons, não vou fazer um profile completo sobre elas assim como fiz na análise de Kingdom Hearts. Sendo assim não vou estragar possíveis supresas. Apenas direi que eles são menos numerosos e contam com antigos amigos, como Genie e com novatos como Chicken Little.
E a Câmera?
Talvez o único defeito real de Kingdom Hearts seja sua câmera, que vira e mexe, consegue lhe atrapalhar ou mesmo apenas incomodar o jogador. É claro que isso não é exclusividade de KH, afinal, 99,9% dos games tridimensionais tem este mesmo problema. Não me lembro de um game que não tenha nenhum roblema de câmera, mas me lembro de um que praticamente não tem: Kingdom Hearts 2.
Sim! Graças a Deus a câmera desta continuação esta MUITO competente. Tal competência se deve a dois aspectos:
O primeiro é que agora a Câmera é levemente mais distante e levemente mais alta do que em Kingdom Hearts. Tudo bem que tais mudanças são somente leves, mas são mais do que suficientes. A câmera sendo mais alta e distante, nos dá uma percepção muito maior do que está a nossa frente ou mesmo atrás de Sora.
O segundo é que agora a câmera de Kingdom Hearts 2 é controlável. Sendo assim, basta com o analógico R3 você foque a câmera da maneira que bem lhe entender. Ou mesmo pressionar R3 para que a câmera automaticamente vá para as costas de Sora.
É claro que ainda assim certas inconveniências podem ocorrer, mas isso acontece em proporções minúsculas, ou mesmo por sua culpa. Sim, sua culpa. No ápice da ação, se o jogador quiser rotacionar a câmera com R3, mas por acaso colocar um pouco que seja este analógico, seja para cima ou para baixo a câmera vai realizar tal movimento. Ou seja, por sua culpa, a câmera vai ficar desfoque. Mesmo que a câmera possa lhe atrapalhar, mesmo que isso seja muito difícil, tal fato não faz com que a jogabilidade não seja perfeita para o game, que sempre consiste em ser rápida e intuitiva.
Sim, rápida e intuitiva, pois se não fosse assim, eu queria ver Sora bater em 1000 Heartless… Isso acontece de verdade, não é exagero!
Uma pincelada no enredo
Eu já falei mais acima que não ia contar a historia de Kingdom Hearts 2 e não vou mesmo. Nem com Kingdom Hearts fiz isso. Acho que estraga muito da experiência de um RPG destrinchar seu enredo antes de alguém jogá-lo. Mas é claro que vou contar pelo menos como ela começa e algumas peculiaridades da mesma.
O game começa com uma gigantesca GC, mostrando inicialmente um resumo visual sobre os acontecidos nos dois primeiros games da série. Isso mesmo, dois, pois "KH Chains of Memories" para GBA é um game da série. Tal CG tem a como fundo musical a nova música tema do game.
Após isso, a CG continua com um personagem novo, passando pelas experiências que Sora passou no sonho do início do primeiro game da série. Ae começa mostrando uma cena em que dois homens encapuzados, totalmente de preto conversando algo que ainda não se pode compreender. Descobre-se que o garoto que estava sonhando tudo aquilo é Roxas. Como já dito é com ele que jogamos inicialmente o game.
Durante esse tempo, seis dias na vida de Roxas, este sempre esta a sonhar com Sora e seus amigos Donald e Pateta. Durante esse mesmo tempo, coisas estranhas começam a acontecer por culpa da invasão dos Nobodies em Twilight Town. Aí então também conhecemos mais sobre estes seres encapuzados, além do “retorno” de Ansem.
Tais homens encapuzados são a Organização 13, composta por Nobodies diferentes, mas poderosos e complexos. Que na verdade querem o Kingdom Hearts para… Não posso contar.
Descobre-se que Roxas e Sora tem uma ligação extremamente forte (que não vou contar qual é) e a partir daí você controla Sora e mais perguntas vem à tona, assim como as respostas de todas as dúvidas vão se desenrolando até o fim do game.
Uma coisa muito importante a ser ressaltada é que Kingdom Hearts 2 NUNCA perde o foco da narrativa. Quando o jogador acha que a história foi deixada de lado naquele instante do game, se descobre que o que acontece é o oposto completo, pois aquilo é necessário para a historia de uma maneira única e profunda. A equipe de Nomura e ele próprio estão de parabéns por tal comprometimento com a história, que bate fácil fácil qualquer Final Fantasy já lançado. Basta entender a profundidade dela para perceber isso.
The Kingdom Songs
Para quem se lembra, e quem não se lembra, as músicas de Kingdom Hearts eram magníficas. Todas muito bem produzidas e com muita qualidade sonora. Entretanto o mais importante é que cada uma das músicas se encaixava perfeitamente a que se propunham. Com um trabalho tão bem feito já no primeiro game KH, seria óbvio que Kingdom Hearts 2 não deixaria a bola cair nesse sentido certo? É claro!
Do começo: A música tema de Kingdom Hearts, Simple and Clean, era muito boa, interpretada por Utada Hikaru. Em Kingdom Hearts 2, a história se repetiu. A música tema do game é novamente interpretada pela gracinha e lindinha Utada.
Em comparação à Simple and Clean, Sanctuary é bem mais séria e transparece assim o fato de o enredo ser mais denso e maduro
em Kingdom Hearts 2. Sem contar que Utada consegue ser tão inspirada em Sactuary quanto esteve em Simple and Clean. E as músicas in-game ainda estão melhores do que antes. A grande maioria delas representam mixagens de músicas do KH original, entretanto as mixagens ficaram melhores no formato que KH 2 tem: mais ação e tensão nas batalhas.
Isso sem contar com a utilização de músicas dos desenhos em certos momentos. Por exemplo, em certas batalhas
em Port Royal , ao invés de se utilizar músicas regulares da série, utilizaram a música que usam no filme Piratas no Caribe quando uma cena de ação ocorre. Esse tipo de coisa acontece em praticamente todos os mundos do game, o que deixa cada um com uma identidade muito mais particular.
Nos momentos de tensão e história densa, as músicas também conseguem ser perfeitas para com a situação, sendo que cada qual consegue nos prender de maneira muito mais forte que o usual a uma cena. Tal cuidado, junto com o enredo rico e belo, cria um conjunto quase insuperável em nível de sensações sentidas pelo jogador.
Se as músicas de Kingdom Hearts já eram perfeitas para o game, as músicas de Kingdom Hearts 2 conseguem se superar, trazendo algo incrível para os ouvidos mais exigentes
Tão bom quanto Metal Gear
Assim como em KH , Kingdom Hearts 2 também se utilizou de grandes nomes para a dublagem dos personagens principais e de uma boa quantidade de personagens secundários. Tal gabarito invejável de nomes, somado a experiência no ramo de uma empresa como a Disney garantiu uma dublagem de fazer concorrência a games como Metal Gear Solid. É um fato que a dublagem de KH já era muito boa, entretanto KH 2 supera seu antecessor com dublagens mais maduras e falas bem mais trabalhadas o que cria todo um clima especial ao game.
Quem já jogou Kingdom Hearts ficará extremamente feliz ao saber que Haley Joel Osment, David Gallagher e Hayden Panettiere retornaram aos papéis de Sora, Riku e Kairi respectivamente. O que garante a continuidade de personificação e atração do personagem para com o jogador. Apesar disso, tenho de ressaltar que quem novamente rouba a atenção no aspecto dublagem é o Pato Donald. Aquela vozinha lendária é o bicho e sempre que ele falar algo, ele vai roubar a cena, não adianta.
Outro trabalho muito bom é o de Hades, que com sua personalidade cínica e sarcástica, chama a atenção pelo seu humor obscuro. Com certeza, tirando Donald, esta é a dublagem mais carismática de Kingdom Hearts 2 e que com certeza vai lhe render boas rizadas.
Finalmente, Gummi Ships deliciosas!
Se havia algo que tinha ficado bem aquém do que se esperava em Kingdom Hearts eram as viagens em Gummi Ships. Elas eram sem criatividade, simples e monótonas. Entretanto tudo mudou em Kingdom Hearts 2! Agora as viagens em Gummi Ships são muito loucas!
Imagine a velocidade de ação de Zone of the Enders 2, unida a jogabilidade gostosa e intuitiva de Panzer Dragon e terá uma idéia do que são essas novas viagens em Gummi Ships.
Existe ainda o sistema de montagens de naves partindo do zero e também da customização de naves já existentes. Entretanto as opções de cada uma destas foram muito maximizadas. Apesar de eu mesmo achar isso um pouco desnecessário, assumo que ficou muito mais interessante fazer isso em Kingdom Hearts 2.
O número de naves também foi aumentado, assim como o número de blocos para a criação das mesmas, o que garante uma maior variedade entre elas. Mas se quiser uma nave bonita é bom que monte uma, pois as naves já prontas tem um gosto estético meio duvidoso, apesar de não serem feias.
Curiosidades e extras
Em Kingdom Hearts 2 não existem tantos extras como em Kingdom Hearts, mas os que existem seguram MUITO bem a onda. Caso você finalize o game no modo “normal” conseguindo completando o jornal do Grilo Falante, ou se finalizar normalmente o game no modo “hard”, um final secreto será destravado. Nele acontece que… Não falo mesmo!
O outro segredo é o único chefe secreto deste game. Sim, existe somente um chefe secreto em Kingdom Hearts 2. Entretanto não é qualquer chefe secreto… É o chefe secreto. Abram alas para o “anjo de uma asa só”, abram alas para Sephiroth!!!
Existem também duas Keyblades secretas para se encontrar no game, a Fenrir e a Ultima Weapon. Keyblades que são bem mais poderosas que as Keyblades regulares do game.
Ultimas Considerações
Se Kingdom Hearts já era inesquecível, Kingdom Hearts 2 é perfeito. Este game proporciona uma experiência que nenhum outro game da atual geração pode trazer ao jogador.
A coisa agora fica assim:
O game mais bacana do PS2 é Metal Gear Solid.
O game mais tocante do PS2 é Shadow of Colossus.
O game mais insano do PS2 é Black.
O game mais veloz do PS2 é Zone of the Enders 2.
O game mais completo do PS2 é Kingdom Hearts 2.
Por isso digo em alto e bom tom que Kingdom Hearts 2 é a obra máxima da Square desta geração, patamar esse que se algum outro game da própria Square quer vai ter que suar muito, e isso não exclui o almofadado Final Fantasy 12.
Sei que já escrevi em um tópico de uma outra matéria que de ante mão Final Fantasy 12 seria a game do ano, mas depois que joguei Kingdom Hearts 2 eu mudo meu comentário. Acho que Final Fantasy 12 será considerado o melhor game do ano devido ao nome que carrega, pois com certeza Kingdom Hearts 2 bate de frente com Final Fantasy 12.
E olha que além de ter jogado Final Fantasy 12 japonês, tenho a série como minha favorita no mundo dos games. Mas a verdade deve ser dita, e a verdade é que Kingdom Hearts 2 é supremo no ramo dos RPGs.
Escrevi em minha matéria de Kingdom Hearts que talvez Tetsuya Nomura pudesse ser um nome tão importante quanto Shigeru Miamoto, Hideo Kojima e Hinoburu Sakagushi. Depois de Kingdom Hearts 2 eu tenho certeza disso. Se o pai Sakagushi foi embora, Final Fantasy pode ter encontrado seu filho pródigo.
Não vejo a hora de algum game da série Final Fantasy por Tetsuya Nomura, provavelmente para Playstation 3. E imagino que eu não seja o único que espero por isso…
"Thinking of you,wherever you are
We pray to our sorrows to end
And hope our hearts’ll be blend
Now,I’ll step forward to realize this wish
And..who knows
Starting a new journey may not be so hard
Or maybe its has already begun
There are many worlds.
But,The shared the same sky-
One sky,one Destiny"
___________________________________________________________________
Por Kyo:
Confesso que não joguei muito o primeiro Kingdom Hearts nem a sua seqüência para o GBA, Chain Of Memories. Apesar de serem jogos com um visual carismático e contarem com a presença de personagens clássicos de Final Fantasy, a jogabilidade e a câmera fizeram com que eu não tivesse a paciência necessária para prosseguir mais no jogo.
Porém, com Kingdom Hearts 2, a história é completamente diferente. Já nos primeiros momentos de jogo, você percebe que a câmera, maior problema do jogo anterior, está bem melhor, e a experiência como um todo está bem mais agradável. Sim, a camera ainda tem seus problemas, algumas vezes não mostrando direito o que você está atacando, mas isso é facilmente resolvido graças a pratica alavanca analógica direita.
A história do segundo jogo começa muito mais pesada e envolvente do que a do primeiro, com uma trama mais desenvolvida e com diversos personagens misteriosos que vão revelando sua identidade através do jogo. Porém, quem não jogou os anteriores, principalmente o Chains Of Memories, fica perdido em diversas partes da história, principalmente no que diz respeito ao que é a Organization XIII e quais seus objetivos. Também demorará a entender os motivos que levaram o Sora a ficar um ano se recuperando de acontecimentos anteriores.
O unico problema do jogo é que a historia principal acaba sendo ignorada grande parte do tempo conforme se exploram os diversos mundos disponíveis. Apesar de ter personagens Disney bastante marcantes, com destaque para os mundos baseados em Hércules e em Piratas do Caribe, a exploração nesses mundos é muito limitada, restringindo-se a mapas pequenos e que cujos segredos, existentes principalmente na forma de baús, são facilmente encontrados, com uma ou outra exceção. Também conta contra o padrão repetitivo do mundo, que na maioria se constituem em chegar a um mundo, conhecer a ambientação, tomar noção do problema e rapidamente resolvê-lo, somente para repetir isso no próximo mundo.
O grande ponto positivo do jogo está na sua jogabilidade. Eliminaram-se alguns elementos de plataforma que travavam o andamento do jogo anterior, priorizando-se as batalhas, que estão bastante divertidas, e com a inteligência artificial aprimorada, seus companheiros finalmente servem para alguma coisa além de gastar suas poções. O controle permanece basicamente o mesmo, porém foi aprimorado de forma que agora abrir baús e falar com outros personagens foi facilitado pelo uso inteligente do botão triângulo do console. Esse botão também é responsável por ativar os novos Reaction Commands, que se utilizados no momento certo, apresentam uma animação exclusiva de ataque que causa ainda mais dano aos inimigos.
Foi introduzido um sistema de Forms, no qual Sora se une com demais personagens para assumir diversas formas com vantagens como ataque com duas keyblades ou magias mais fortes. Também há o sistema de limits, que permite que durante alguns segundos Sora utilize ataques poderosos com a ajuda de outros personagens. Porém, como se obtém facilmente os requisitos necessários para se utilizar desses dois ataques, a dificuldade do jogo em geral é prejudicada, pois é possível utilizar os dois ataques em praticamente todas as batalhas, o que facilita em muito o jogo, que pelo menos na dificuldade Standart, na qual o completei, raramente apresenta algum desafio, que na maioria se constituem em limites de tempo escassos, não em inimigos difíceis.
O jogo não apresenta uma exploração muito elaborada, sendo possível completá-lo com 100% em cerca de 50 horas de jogo, mas se formos comparar com os demais jogos da geração, possui uma duração bastante grande para um RPG de ação. O jogo é recomendado principalmente para fãs da série Final Fantasy e aqueles que gostaram do primeiro Kingdom Hearts, porém tem brilho o suficiente para se sustentar sozinho com um dos grandes jogos do Playstation 2, e está entre um dos melhores RPGs da geração, mesmo sofrendo dos pequenos problemas mencionados.

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