God of War: Ascension

Prévia – God of War: Ascension single player demo

Você já leu aqui nossa prévia da demo multiplayer de “God of War: Ascension“, e agora é a vez de ler as nossas impressões da nova demo, disponibilizada pela Sony nesta semana na PlayStation Store e que traz uns 30 minutos da campanha single-player. O título tem previsão de lançamento para o dia 12 de março e mostra o famoso espartano em uma jornada que se passa antes de todos os outros games lançados. Veja abaixo as novidades e o que esperar desse título mega aguardado pelos fãs em todo o mundo!

Kratos brasileiro

Já na introdução percebemos que o estúdio Sony Santa Monica se preocupou com os jogadores brasileiros, com menus, legendas e dublagens completamente localizadas para o português do Brasil. E posso dizer que se empenharam no processo, as traduções e legendas estão muito bem feitas, e as dublagens, as mostradas até então pelo menos, estão com uma boa interpretação e combinam bem com seus personagens (apesar de alguns prisioneiros terem algumas traduções mais toscas). Kratos quase não fala na demo, então fica difícil afirmar o desempenho do mesmo, mas aparentemente parece estar num nível aceitável. E se você for daqueles jogadores que dizem “ah eu só jogo no idioma original”, pense apenas no trabalho que a desenvolvedora teve, preocupando-se com o público brasileiro (e depois vem gente reclamar que o Brasil é ignorado pelas produtoras de games), e mesmo que você não a use, sabe que ela está lá.

O gigante de 100 braços

Um dos grandes méritos da franquia foi apresentar histórias épicas da mitologia grega em seus games que garantiam a atenção do jogador do começo ao fim, em “Ascension” isso não é diferente. A narrativa é centrada na busca de redenção de Kratos e no aumento da sua ira para se libertar do vínculo que o liga a Ares, o Deus da Guerra. O jogo decorre seis meses depois que o espartano assassinou a sua mulher e filha.

A introdução nos mostra a história do surgimento do Hecatônquiro (palavra em grego que significa “cem mãos”) Briareu, um gigantesco ser de 100 braços que rompeu um pacto de sangue com Zeus, e que desde então passou a eternidade sendo torturado pelas três irmãs Fúrias (criaturas que surgiram da batalha dos Primordiais, os primeiros seres a forjarem a Terra), que têm como objetivo “punir os traidores” e “defender a honra”.

Logo após temos a introdução de Kratos, um poderoso general espartano que finalmente encontrou a derrota, foi capturado e torturado pelas Fúrias (não diz o porquê, mas provavelmente por ter quebrado seu pacto com Ares). E é exatamente aí que a demo começa, com Kratos preso por correntes em uma prisão construída no próprio Briareu, também prisioneiro torturado das Fúrias, que serve como exemplo para aqueles que pensam em trair os deuses.

O jogo já começa com Kratos apanhando feio de Megaera, uma das Fúrias, mas claro que logo surge uma oportunidade e o bruto consegue escapar, e assim começa mais uma aventura épica. Kratos persegue sua torturadora pelo colossal corpo de Briareu, o que nos faz lembrar de imediato o início de “God of War III“, com Kratos escalando o corpo da Titã Gaia.

E assim como no jogo anterior, a qualidade visual é impressionante, e confirma que o PlayStation 3 tem sim ainda muita lenha pra queimar (e que a Sony poderia esperar mais um tempo antes de lançar o PS4). Os detalhes dos cenários e ambientes são colossais e espetaculares, e o melhor, podemos perceber que a criatividade da equipe de produção continua afiada, com áreas “bizarramente lindas”, como quando Kratos enfrenta um dos braços de Briareu, encantado pela inimiga para destruir o espartano. Mas não apenas os cenários, mas também os inimigos e o próprio Kratos contam com designs e detalhes minuciosos impecáveis. Claro, os gráficos não são aquela “coisa espetacular de outro mundo”, são um pouco melhores do que o III (que já são fantásticos), especialmente nos closes faciais.

O sangue e violência corre solto pela tela, seguindo o padrão já estabelecido pelos jogos anteriores, com mutilações homéricas como arrancar para fora do corpo as entranhas de um ciclope. Simplesmente espetacular! O sangue dos inimigos fica por um tempo banhado no corpo de Kratos, o que dá um toque visual muito bacana.

Já a mecânica não mudou muito dos seus antecessores, para alívio de alguns e tristeza de outros, tanto no combate, como na locomoção e nos ângulos da câmera. Difícil inovar em algo que deu tão certo, realmente. Porém Kratos conta com alguns movimentos novos, que aumentam ainda mais a diversão de aniquilar os oponentes, como por exemplo a facilidade de se conectar agarrões e arremessos apenas apertando o L1, ou utilizar o corpos para atacar outros inimigos através de sua corrente. É possível pegar espadas encontradas pelo caminho, que aumentam a variedade de golpes. Seria muito interessante se, no jogo completo, houvesse diversas armas para Kratos usar durante sua jornada, o que provavelmente deve acontecer.

Além dos combates, também temos alguns puzzles (bem simples) para serem resolvidos e passagens como escalar paredes, pular plataformas e os clássicos QTE (Quick Time Events – momentos em que o jogador deve apertar determinados botões em determinado tempo) não ficando apenas no quebra-quebra, o que é ótimo para o fator diversão e longevidade do game. Tem até uma parte que Kratos deve deslizar pelo corpo de Briareu, que lembra a antológica fase da prancha em “Sonic Adventure“.

O que esperar

Pelo o pouco que vimos, podemos dizer que o jogo completo vai estar “do caralho” e que vale a pena a sua compra. Se você gostou dos jogos anteriores, certamente vai delirar com “God of War: Ascension”. E não ligue para os haters que dizem que a série devia ter acabado no terceiro capítulo. Ascension pode ser até pra tirar a grana dos seus fãs, mas isso não quer dizer que ele não seja um game excepcional e um dos títulos mais esperados do ano, com uma história foda, cenários insanos, ação frenética e brutalidade saindo por todos os seus poros!

assista a demo abaixo