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quinta-feira, 7 de março de 2013

A História do PlayStation


A História do PlayStation


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Já tivemos por aqui a história de vários consoles (confira os links no final da matéria) e hoje vamos relembrar um dos maiores sucessos da história dos videogames: o PlayStation. Os anos 90 foram marcados pela guerra dos consoles 16 Bits, Mega Drive vs Super Nintendo, com jogos cada vez melhores. Mas isso até a chegada do Sony PlayStation, em dezembro de 1994, que enterrou de vez a geração 16 Bits e começou uma nova era de tecnologia e games.
Desde o seu lançamento até 2006 (quando sua produção foi extinta), o PlayStation já havia ultrapassado a marca de 100 milhões de unidades vendidas, o primeiro videogame da história a alcançar tal marca. Eu lembro como se fosse hoje, o ano: 1994. As revistas de games da época (Ação Games, Videogame, SuperGamePower, a Gamers que estava a pouco tempo no mercado), falavam sobre os projetos dos novos videogames, especialmente do Sega Saturn, que era muito esperado devido ao grande sucesso de fliperamas como Daytona USA e Virtua Fighters.
Não que já não tivéssemos consoles poderosos na geração 16 Bits, quem é que não se lembra do Neo Geo e o seus mega cartuchos de 400 e poucos Mb, com conversões perfeitas dos fliperamas da época? Ou ainda os fracassados 3DO (de várias empresas, incluindo a Eletronic Arts) e o Atari Jaguar? Todos esses videogames custavam o “olho da cara”, assim como os seus games (que não eram muitos), uma das principais razões por não terem feito sucesso comercial.
Mas então chegou o Sega Saturn, que vendeu razoavelmente bem no começo (eu comprei o meu em 1995), mas isso até o PlayStation chegar no mercado alguns meses depois, liderando a geração 32 Bits e deixando para trás o Saturn e o N64, seus principais concorrentes. Toda uma geração de gamers ficou marcada por este inesquecível console, que ainda é relembrado com carinho nos dias de hoje. Confira aqui como tudo começou.
A Era 16 Bits
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a guerra Mega Drive vs Super Nintedo deu origem ao PlayStation
Para entender o embrião de como nasceu o PlayStation, devemos voltar um pouco no tempo. O Mega Drive dominava o mercado de 16 Bits, especialmente o mercado norte-americano. A Nintendo demorou para lançar nos EUA o seu Super Nintendo, e quando foi lançado, não causou grande impacto nas vendas do Mega Drive (coisa que mudaria com o lançamento de Street Fighter 2). E é, no surgimento do Super Nintendo que o embrião do PlayStation foi criado.
Durante o desenvolvimento do console, a Nintendo queria um chip de som muito superior à do Mega Drive, um sintetizador-FM da Yamaha, considerado bem avançado até então (era muito superior ao do Nes 8 bits). Para combater as limitações da Sega, a Nintendo teve que terceirizar os serviços, pois o trabalho estava além das suas habilidades. Para isso a empresa contactou a Sony para produzir o chip de áudio para o Super Famicom, porém a Sony naquela época não se interessava por videogames (quem diria!) e recusou o trabalho. Porém, um dos engenheiros da Sony viu aí uma boa oportunidade. Seu nome era Ken Kutaragi, simplesmente o homem que em alguns anos seria o “pai” do PlayStation.
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Ken Kutaragi, o “pai” do PlayStation
Kutaragi começou a trabalhar em segredo com a Nintendo, sem os seus patrões da Sony desconfiarem. Assim, foi Kutaragi quem desenvolveu o processador de áudio que a Nintendo estava procurando, um Sony SPC700, capaz de fazer trilhas sonoras maravilhosas, como o do game Actraiser. Os executivos da Sony, claro, não gostaram do uso não autorizado de seus recursos. O emprego de Kutaragi estava por um fio, quando então a Nintendo ofereceu um lucrativo acordo pelo chip de som, que a Sony logo concordou.
Assim, a Sony ganhou muito dinheiro através da Nintendo e Kutaragi provou aos seus patrões que o mercado de videogames podia sim ser muito lucrativo. Esse foi o pontapé inicial para que a Sony entrasse no mercado de videogames, inicialmente produzindo games para os consoles Sega e Nintendo (os mais famosos foram Bram Stoker’s Dracula, Hook, Mickey Mania e Sewer Shark para Sega CD) e conhecida como Sony Imagesoft.
o antigo logo
Um tempo depois a Sega lançaria o Sega CD, um acessório que era acoplado ao Mega Drive e permitia o uso de jogos em CD-ROM. A Nintendo preocupada com a expansão da concorrente, se agilizou em também fabricar um leitor de CDs para o Super Nintendo.  Para tal propósito, ela firmou um contrato com a Sony para a criação do aparato para o seu 16 Bits. Lembram do Ken Kutaragi, o responsável pelo chip de som do Super Nintendo? Ele ficou novamente encarregado da tarefa, de agora criar um CD-Rom para o Snes. Ele foi batizado na época de Super Disc (imagem abaixo), que rodaria jogos em cartucho do Super Nintendo e jogos em CD, assim como o Mega Drive e o Sega CD.
snescdPorém durante o projeto houve discordâncias entre as empresas. A Sony queria uma porcentagem das vendas do aparelho e games, que agora fora renomeado de Play Station (separado assim mesmo), que a Nintendo não aceitou.  Resumindo, A Sony queria controle total dos games feito para o aparelho e usar a base do Super Nintendo para entrar no mercado de videogames. Também tinha um projeto de um console paralelo, que rodaria os cartuchos do Snes e jogos em CD,  mas era um videogame produzido pela Sony, e não pela Nintendo.
A Sony então anuncia que havia conseguido os direitos de distribuição do novo aparelho. A Nintendo não gostou nada da notícia (a Big N é famosa por querer ter o controle de tudo) e no dia seguinte do anúncio da Sony, a Nintendo foi a público fazer o seu próprio anúncio, mas ao invés de firmar o pacto com a Sony como todos esperavam, ela disse que estava criando um leitor de CDs para o Super Nintendo com a Phillips (empresa com a qual havia secretamente feito um novo acordo e assim desmanchando o contrato com a Sony – que coisa feia Nintendo, metendo uma facada nas costas na empresa sócia).
As duas empresas cortaram relações, mas como o “Play Station X” já se encontrava em avançado estágio de desenvolvimento, não foi difícil para o seu engenheiro chefe, Ken Kutaragi, convencer a Sony a terminar o projeto e lançá-lo no mercado como um videogame independente. Assim ele foi lançado no final de 1994 no Japão, totalmente remodelado e sem nenhum laço com a Nintendo. A Nintendo tentou medidas judiciais para impedir o lançamento e a fabricação, mas perdeu em várias instâncias nos Estados Unidos e Japão. A Big N acabou fazendo dois rivais nessa história, a Sony que jurou vingança e a coitadinha da Phillips, que não passou de um mero peão na briga entre as duas gigantes.
Ironicamente, o PlayStation dominou o mercado, que antes pertencia à Sega e à Nintendo, tornando-se o videogame mais vendido da história até então (mais de 100 milhões de consoles vendidos). Essa a Nintendo teve que engolir no seco, deve estar entalado na garganta até hoje.
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o infame Zelda para CDi da Philips
E o acordo entre a Nintendo e a Phillips também não deu em nada, ou melhor, resultou sim, no CD-i, um aparelho interativo que não agradou muito, mas que foi lançado apenas pela Phillips, que ganhou também o direito de lançar alguns games da Nintendo para o console (um Mario e três Zeldas, todos muito ruins e ignorados pela Nintendo).
Com esses rolos na produção de um periférico de CD para o Super Famicom, a Nintendo acabou desistindo, mas encontrou uma outra solução mais prática e barata, o chip Super FX, que turbinava os gráficos do console para gerar gráficos 3D. Apesar de na época ser super marketeado, alguns jogos foram lançados com esse chip, mas somente dois realmente fizeram sucesso: Star Fox, lançado em 1993 e Super Mario World 2, de 1995. Outros chips foram produzidos e usados em games que fizeram sucesso, como os jogos Mega Man X2 e X2, Street Fighter Alpha 2 e Super Mario RPG.
Uma Nova Era
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O ano de 1995 foi marcado como o início de uma nova era para os videogames. O PlayStation foi lançado no Japão em 3 de dezembro de 1994 e chegaria aos Estados Unidos em 9 de setembro do ano seguinte. O anúncio do lançamento do PlayStation nos EUA acabou mudando os planos da Sega, de lançar o seu Saturn no mercado norte-americano, que estava inicialmente marcado para 2 de setembro de 1995, em um sábado apelidado de “Saturnday“. O PlayStation já era um sucesso comercial no Japão (apesar do Saturn ser bem mais popular no Japão do que em outros países) o que amedrontou a Sega, que acabou antecipando o lançamento do Saturn de setembro, para 11 de maio de 1995. O plano da Sega era usar esses quatro meses para instalar uma base firme de vendas do Saturn e assim liderar o mercado de 32 Bits. A mesma estratégia que ela usou com o Mega Drive nos EUA e que funcionou por vários anos, mesmo após o lançamento do Super Nintendo.
Infelizmente a estratégia não deu certo, por vários motivos: primeiro porque o Saturn foi lançado com um preço muito elevado, de US$399, enquanto a Sony anunciou (após o lançamento do Saturn) o seu PlayStation por US$299. O lançamento prematuro do console também sofreu com a pouca variedade de títulos no mercado, sendo a maioria existente da própria Sega. As softhouses, que haviam se preparado para o lançamento do Saturn em setembro, foram pegas de surpresa com o lançamento antecipado. Assim o Saturn não teve um bom início de carreira nos EUA, até que em setembro foi lançado o PlayStation (por US$299) já com vários títulos disponíveis, como Battle Arena Toshinden, Warhawk, Air Combat, Philosoma e Ridge Racer.
Até o lançamento do PlayStation em setembro, o Saturn havia vendido aproximadamente apenas 80 mil unidades. Em seu lançamento, o PlayStation vendeu mais de 100 mil unidades nos EUA, uma vitória esmagadora que enterrou os sonhos da Sega em liderar a nova geração de consoles (e que causou à empresa prejuízos de bilhões de dólares).
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o PS esmagou os seus concorrentes N64 e Saturn
A principal vantagem que o PlayStation tinha sobre o Saturn era sua facilidade de se programar os jogos. O console da Sega possuía um hardware bastante complexo e difícil de se trabalhar, especialmente em jogos 3D (mas era muito bom em rodar jogos 2D, geralmente bem melhores no Saturn do que no PS, como os jogos de luta em 2D), a especialidade do PlayStation e um gênero de jogo que dominava o mercado. A febre dos jogos em 3D nasceu com o PlayStation e tinha grande força com games da série Ridge Racer, Toshinden, Tekken, Winning Eleven (ou PES), Final Fantasy, e Tomb Raider (entre vários outros, é claro). O console ainda recebeu massivo apoio de jogos esportivos (que os americanos adoram), especialmente da Eletronic Arts e sua linha de esportes, EA Sports. Até mesmo Bill Gates, que na época comandava a Microsoft, revelou em uma entrevista que os seus game designers “prefiriam o console da Sony (ao Saturn)”. Ironicamente, alguns anos depois a Microsoft também entraria no mercado de videogames com o Xbox e seria a principal concorrente da Sony.
A Sony também introduziu um acessório para o PlayStation que se tornou muito popular: o memory card. Este cartão de memória permitia salvar dados dos jogos e continuar o jogo no mesmo ponto em que se parou. Esta tecnologia já existia em alguns jogos de consoles mais antigos, mas dependia de um chip de memória dentro do cartucho. Com o memory card a Sony introduziu um novo processo aos gamers, o de salvar os jogos, e praticamente todos os títulos tinham suporte a essa nova e prática maravilha. Jogadores da era 8 e 16 Bits certamente sentiram uma grande diferença neste quesito, que acabou facilitando um pouco mais a vida de jogador de games.
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O seu controle ”serviu como uma luva” nas mãos dos jogadores. Sua primeira versão teve seu design claramente inspirado no controle do Super Nintendo, acrescentando mais dois botões aos superiores L e R. Pouco tempo depois seria lançado o controle que seria padrão dos consoles PlayStation, o DualShock. O novo joystick além de apresentar dois controles analógicos (com o controle de movimentos nos analógicos, o direcional digital ficou aberto para exercer mais funções nos jogos), também era capaz de vibrar de acordo com as ações que ocorriam na tela do jogo (e se o jogo tinha suporte a isso). Foi batizado de DualShock por possuir dois motores de vibração: um mais fraco, parecido com o de um celular e outra vibração mais forte. Não é preciso dizer que o novo controle foi uma grande novidade e fez muito sucesso entre os gamers, recebendo diversos títulos que aproveitavam bem os seus diversos botões, os vibradores e os controles analógicos. Com certeza um dos melhores controles já inventados. E ainda servia no PlayStation 2.
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o primeiro dualshock
Mesmo com a chegada de concorrentes mais poderosos como o N64, lançado em 1996 e o Dreamcast, lançado em 1998, o PlayStation continuava sendo o mais vendido, com uma extensa biblioteca de jogos e um mercado já estabelecido com grande sucesso.
Os Jogos
O PlayStation foi responsável por centenas de excelentes jogos na indústria, lançou várias franquias que ainda hoje fazem muito sucesso e conquistou milhões de jogadores em todo o mundo por apresentar uma grande variedade de jogos. Até 2007, um total de 7.918 títulos haviam sido lançados para o console, com mais de 900 milhões de jogos vendidos em todo o mundo. Números bastante impressionantes e que não deixam dúvidas nenhuma sobre o sucesso do aparelho. O último título lançado para o console foi FIFA Footbball 2005, da EA Sports (sem contar o lançamento especial de Metal Gear Solid: The Essential Collection, lançado em 2008 nos EUA).
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Com tantos jogos (bons) fica difícil destacar apenas alguns (sem dizer que sempre tem aqueles caras chatos reclamando “faltou X jogo, faltou Y jogo”) por isso vou destacar os títulos que mais venderam na plataforma PlayStation até os dias de hoje (por isso não venham encher o saco se o seu jogo preferido não está aqui). E qual é o game mais vendido do PlayStation? Essa honra pertence ao game de corrida Gran Turismo, lançado em 1997 e com a marca de mais de 10 milhões de cópias vendidas. Gran Turismo se consagrou como um dos melhores jogos de corrida/simulação (as opiniões divergem), que apresentava uma excelente jogabilidade e gráficos fantásticos, além de uma enorme coletânea de carros. Não é a toa que o título tem milhões de fãs em todo o mundo. O jogo rendeu uma franquia com mais de 10 títulos entre sequências e spin-offs, todas de grande sucesso.
Em segundo lugar o antológico e revolucionário Final Fantasy VII, com mais de 9.8 milhões de cópias vendidas.  É também o jogo mais vendido da série Final Fantasy (desculpa aí fãs de FFVIII e FFX). Quer você goste  ou não de Cloud, Sephiroth e cia, é inegável o grande sucesso e impacto que o jogo teve quando lançado em 1997 para o PlayStation. Para começar, era o primeiro FF que saía em uma plataforma não Nintendo, o que por si só já era algo de grande impacto (o jogo foi inicialmente planejado para o N64, mas a Square não gostou do ‘antiquado’ uso de cartuchos do aparelho e migrou o projeto para a mídia de CD do PS). Foi o primeiro game da série a ingressar no mundo 3D e foi o primeiro game da Square-Enix (na época apenas Square) a sair no console da Sony. Já vi gente por aí dizendo que FFVII é um ”jogo hypado, pintado de ouro por uma fina camada”. O que dizer de um indivíduo que fala uma coisa dessas? Certamente um cara que não esteve presente quando FFVII foi lançado, porque senão ele saberia que o jogo ganhou essa (merecida) fama por apresentar uma tecnologia, jogabilidade e narrativa todas combinadas e nunca antes vistas em um game, especialmente em um RPG. Claro, ele possui erros, bugs e outros problemas, não é perfeito, mas foi um jogo revolucionário para a época, sem sombras de dúvida. E que ajudou a turbinar as vendas do PlayStation.
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Final Fantasy VII dividiu a era PlayStation em antes e depois
Em terceiro lugar temos Gran Turismo 2, com mais de 9.37 milhões de cópias vendidas, que melhorou tudo que foi apresentado no jogo original. Como já falei dele, não vou me prolongar aqui e vamos para o próximo grande sucesso, Tomb Raider 2, com 8 milhões de cópias. Angelina Jolie, digo, Lara Croft nascia como a musa dos videogames em 1996, ironicamente para o Sega Saturn, para só depois ganhar uma versão no PlayStation. Foi um dos grandes representantes da era dos jogos em 3D, apresentando diversos cenários, inimigos, criaturas sobrenaturais e enigmas, totalmente em 3D. Lara Croft se tornou um ícone na indústria de games e o impacto de seu caráter na cultura pop é inegável.
O quinto lugar pertence à Solid Snake e seu Metal Gear Solid, com 7 milhões de cópias vendidas, lançado em 1998. O jogo desenvolvido por Hideo Kojima apresentava o inovador gênero de espionagem, e foi um dos primeiros games a implementar técnicas cinemáticas ao mundo dos games, com numerosas cenas que usam a mecânica e os gráficos do jogo, como também uma dublagem sólida dos personagens. A franquia rende excelentes games até os dias de hoje.
Tomb Raider original figura na sexta posição, também com 7 milhões de cópias vendidas, seguido por Crash Bandicoot (6.8 milhões), Final Fantasy VIII (6 milhões), Crash Bandicoot 3 (5.7 milhões) e Crash Bandicoot 2 (5.17 milhões), finalizando esse Top 10 dos mais vendidos.
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as séries Tomb Raider e Metal Gear Solid foram grandes representantes do console
Vários ótimos títulos não entraram nessa lista, mas certamente tiveram grande importância na história. Resident Evil é um desses jogos, lançado em 1996 e popularizando o gênero survival horror e originando uma extensa franquia que hoje vale milhões. Influenciado pelos filmes de zumbis de George A. Romero, o jogo apresentava um clima e atmosfera de filmes de terror trash B, uma jogabilidade poligonal 3D, com ângulos de câmeras que transmitiam uma sensação tensa e assustadora. A luta do jogador contra os vários monstros, em especial os zumbis, ganharam o mundo e se consagrou como um dos melhores jogos do gênero. Seguindo a mesma linha survival horror, mas se aprofundando no terror psicológico, temos o primeiro Silent Hill, lançado em 1999, e que foi também um grande sucesso.
Os jogos de luta teriam como grande representante a série Tekken, também responsável por uma grande revolução, o de trazer os jogos de pancadaria 3D para o conforto de dentro de casa. Lançado em 1995, foi um dos primeiros games de luta em 3D, junto do clássico Virtua Fighter da Sega. A mecânica simples e viciante de Tekken foi mais do que suficiente para tornar o título um dos grandes nomes da indústria e que até hoje rende excelentes games.
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A geração 16 Bits já utilizava versões “Slim” (na época não usavam esse termo) de seus videogames, em versões mais compactas e baratas. E com o PlayStation a história não foi diferente, ele foi totalmente redesenhado e lançado em 2000, com um visual moderno, compacto e bem mais leve. Entrou no mercado concorrendo inclusive com o seu irmão mais novo, PlayStation 2. A Sony também lançou uma pequena tela LCD e um adaptador de força para ser usado nos carros, quase como um portátil. O PSO é totalmente compatível com os jogos e acessórios originais.
E PlayStation no Brasil?
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Desde o seu lançamento o PlayStation nunca foi vendido oficialmente no Brasil, isso porque a Sony não se dispôs a concorrer com a forte pirataria do país. Mas claro que isso não foi problema para o “mercado informal” de consoles e jogos e o console ficou mais popular que MP3 e celular, ganhando a casa de vários brasileiros. Com o lançamento do PlayStation 3, que usa a mídia Blu-Ray, a Sony conseguiu vencer o problema da pirataria (pelo menos por enquanto) e mesmo assim o PS3 é bastante popular por aqui, com vários jogadores e seguidores. Com isso a empresa se motivou a ingressar de vez no país. Aproveitando o lançamento de suas televisões 3D no Brasil, a Sony anunciou a chegada oficial do PlayStation 3 ao país, provavelmente até o final do primeiro semestre de 2010. O PlayStation 2 e jogos também serão produzidos e lançados aqui no Brasil. Vamos esperar e ver se realmente agora a coisa deslancha de vez.
Conclusão
O PlayStation foi responsável por uma grande revolução no mercado de videogames. A Sony desbancou a Nintendo e a Sega e assumiu a primeira posição na indústria (lugar que ocupou até o lançamento do Nintendo Wii). Milhares de jogadores que hoje passam algum tempinho na frente da tela da TV, devem essa paixão à esse fantástico videogame, que encantou e divertiu milhares de pessoas com os seus incontáveis jogos.
A marca PlayStation veio para ficar e está para completar 16 anos de vida. Ele surgiu na hora certa, após a gloriosa guerra dos 16 Bits e assumiu o posto de líder absoluto na era 32 Bits e atravessou gerações, com sua linha de produção extinta apenas em 2006 e com  marca de mais de 100 milhões de aparelhos vendidos. Apesar de não ser o primeiro console a usar o CD como mídia, com certeza foi o que mais popularizou o formato, acabando com a vida dos “cartuchos”, o que ficou bem claro com a fraca concorrência do N64 frente ao PlayStation. Ironicamente, a marca Sony era um nome forte, mas como produtora de games causava dúvidas em muita gente, gerando perguntas do tipo “Será a Sony capaz de entrar no mercado de videogames?”.
Além do seu legado de jogos inesquecíveis, ele também deu origem ao PlayStation 2, que conseguiu superar o sucesso do seu irmão mais velho (e que também permitia jogar os games de PlayStation). Também deu origem ao PSP, o PlayStation Portable, que é capaz de rodar os jogos originais do PlayStation. E mais recentemente temos o PlayStation 3, que também roda os jogos originais do PlayStation, em um legado que transcende gerações. O PlayStation original virou mais que uma marca de videogame, é sinônimo de diversão e de grandes jogos, que ficarão para sempre na história dos videogames e na lembrança daqueles que tiveram a sorte de viver nesta época gloriosa que não volta mais.
E para finalizar, gostaria de dizer que essa matéria foi feita para homenagear este belo videogame. Antes que venha neguinho encher o saco que eu sou “ista”, que defendo a Sony, que “tal videogame é muito melhor que o PS” e blá bla blá, queria deixar claro que eu NÃO trabalho para a Sony, NÃO recebo nada deles e eu NÃO sou “ista”. É incrível como, sempre que escrevo esse tipo de matéria, vem um “sabe tudo” só criticando e xingando. Jamais disse que o PlayStation foi o melhor videogame de 32 Bits, apenas disse que ele foi o mais vendido. Eu Tive um Saturn, um N64 e PS, e me diverti com todos eles. O PlayStation estava longe de ser um videogame perfeito, apresentava vários problemas como o alinhamento de seu canhão (algumas pessoas até tinham que virar o console de cabeça para baixo para funcionar) e assim como tinha centenas de jogos bons, tinha outras centenas que eram horríveis. Mas mesmo assim foi um console que vendeu mais de 100 milhões de unidades, então por mais que você não goste da Sony ou PS, saiba reconhecer que alguma coisa ele devia ter para vender tanto assim, mesmo com os seus problemas iniciais. Apenas me poupem do “mimimi”, que o “console X era muito melhor”, que “o jogo tal era uma bo*&¨”, que o ”controle era horrível”.
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a tela de introdução que marcou toda uma geração
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