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quarta-feira, 13 de março de 2013

Ninja Gaiden Sigma – o que já era bom, ficou ainda melhor!


Ninja Gaiden Sigmao que já era bom, ficou ainda melhor!

“Uma letrinha do alfabeto grego faz uma diferença…”
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Ninja Gaiden por certo foi um dos melhores, se não o melhor, remake de um sucesso das antigas, no período de tempo que engloba as últimas três gerações de consoles. Na verdade, o simples fato de um remake ser bom já é digno de alegria, pois são na maioria das vezes, bombas destruidoras de corações gamers. Se assim o é, o que dizer de um game que não só é bom, mas também um dos melhores games de uma geração inteira?
Felizes e orgulhosos foram os detentores de um Xbox, uma vez que era o único console que conseguia rodar Ninja Gaiden, devido ao seu, comprovadamente, mais poderoso hardware de sua geração. Desejosos e até mesmo invejosos eram os possuidores tão somente de outro console, pois não poderiam desfrutar de Ninja Gaiden. Digo isso por experiência própria.
Um sequência de Ninja Gaiden para a nova e poderosa geração vindoura de consoles já era esperada, e pouco tempo mais tarde anunciada, tão somente para o Xbox 360. Mas eis que a Tecmo, para a alegria dos possuidores de umPlaystation 3, anuncia que um Ninja Gaiden estava em desenvolvimento para o console da Sony. Não um game novo, mas sim uma versão de luxo, com adições e melhorias, tanto no visual, quanto no gameplay e storyline, do sucesso da geração passada. Até mesmo o título do game ganhou uma adição. Surge assim Ninja Gaiden Sigma.
A primeira, mais notável e mais óbvia adição de Ninja Gaiden Sigma com relação ao original se dá no salto de qualidade visual. Não somente pelo fato de estar rodando em qualidade HD, a 720p, mas também por ter ganhado um melhor tratamento estético.
Os personagens, aliados e inimigos, ganharam mais detalhes visuais tridimensionais do que o possuíam e de quebra tiveram todos os detalhes que antes não passavam de texturas bidimensionais simulando alto relevo, substituídas por efetivos detalhes tridimensionais. Esse “perfumaria” visual permitiu que algumas das cut-scenes, antes em CGs, fossem substituídas por cenas apresentadas usando a própria engine gráfica do jogo.
Os cenários ganharam uma perfumaria similar aos personagens, no entanto ainda passam a sensação de que poderiam apresentar mais detalhes e mais vida, ainda assim, graças a uma grande melhoria do sistema de iluminação em tempo real, alguns cenários impressionam como é o caso do dojo em chamas, na segunda fase do game.
Apesar das melhorias no visual, os personagens ainda possuem um aspecto muito límpido e liso, o que os deixa um pouco artificiais. Ninja Gaiden para Xbox possuía também tal aspecto artificial nos personagens, mas não dá para usar essa desculpa como justificativa em Ninja Gaiden Sigma, afinal a diferença entre os hardwares de Xbox e PS3 são abismais. Aliás, tal fato parece ser simplesmente uma escolha da Tecmo para os games da série, já que todos os outros games de Ninja Gaiden possuem esse mesmo “defeito”.
Para compensar tal artificialidade, o game continua com uma direção de arte fantástica, que faz nossos olhos pararem de reparar qualquer singular malquerença visual e apreciar o contexto geral, que é digno de aplausos.
Ninja Gaiden Sigma também herdou do game original as fabulosas e fluentes animações dos personagens enquanto a ação se desenrola. É realmente compensador eliminar hordas de inimigos enquanto contempla os belos movimentos, esteticamente falando, sendo executados por Hayabusa. Os inimigos também prezam por essa fluência de movimentos, o que faz das batalhas um deslumbre visual.
Na verdade, Ninja Gaiden Sigma no quesito visual, em 85% do tempo, dá a impressão de que estamos jogando a versão de Xbox em alta definição, pois as melhorias aplicadas não alteraram tanto o seu aspecto geral. Nas cut-scenes é que o jogador tem a noção de o como o game está mais belo do que o original. Tal fato não é algo necessariamente ruim, mas deixa claro que a intenção de Tecmo com Sigma não era, nem de perto, forçar o Playstation 3 assim como forçou o Xbox. Mesmo porquê não poderia, afinal o Playstation 3 estava apenas engatinhando na época do lançamento do game.
Por falar em batalhas e na ação do game, Ninja Gaiden Sigma manteve inalterado o sistema de batalhas do game original. O mesmo esquema de “mira”, a mesma velocidade e o mesmo perigo durante as batalhas. Os mesmos movimentos acrobáticos, que somente um ninja como Hayabusa poderia realizar e o mais importante, a mesma sanguinolência e decapitações da versão para Xbox. Isso significa que o jogador estará diante de um dos melhores sistemas de batalha da história dos games, ao mesmo passo em que estará diante de um dos games mais intolerantes à incompetência de um jogador com o controle na mão das últimas gerações de consoles.
É incrivelmente simples realizar as sequências de golpes assassinos e todos os movimentos acrobáticos de esquiva de Hayabusa. Mesmo um jogador inexperiente pode pegar o controle e aplicar belos e destruidores golpes, no entanto, os inimigos em Ninja Gaiden Sigma são atuantes e nervosos, atacando com muito vigor a todo o momento. É possível, em um único momento de distração, ser atingido mortalmente pelo mais simplório inimigo do game. É necessário estar em constante concentração e conhecer bem as forças e habilidades de Hayabusa para sobreviver às batalhas mais intensas.
As lutas contra os chefes chegam ao limiar da covardia. Existem chefes que são tão apelões a ponto de, com somente dois golpes, matar Hayabusa. E não pense você que os chefes aqui são seres com poucos ataques e passivos. Em Ninja Gaiden Sigma, se você tentar fugir dos chefes eles lhe seguirão e lhe baterão até não sobrar mais nada de seu ninja.
É preciso aprender a usar correta e velozmente todo o arsenal de golpes de Hayabusa para ter uma chance no game, ou então morrerá em demasia, mas acredite, é ai que está grande parte da diversão. Ninja Gaiden Sigma tem algo que desde a era 16 bits pouco se vê em um game, dificuldade.
Mais importante ainda do que saber atacar é saber se defender. Com somente um toque no botão correspondente Hayabusa executa sua defesa, que o permite defender não somente ataques físicos dos inimigos, mas também projéteis quaisquer durante o jogo. Com esse mesmo botão, ativa-se a esquiva, que não o deixa invulnerável durante a mesma, ou seja, é necessário executá-la no momento correto de verdade.
Muito se reclama da dificuldade de Ninja Gaiden Black e Ninja Gaiden Sigma, mas a verdade é que os jogadores da época pós-playstation ficaram muito mal acostumados com facilidade demais nos games. Antigamente a coisa era feia, tão feia quanto o é em Ninja Gaiden Sigma. É divertido “sentir ódio do game” por não passar pela trigésima vez a mesma fase, pois é extremamente compensador quando na trigésima primeira vez conseguimos passar.
Como adições à Ninja Gaiden, Sigma possui novas armas a disposição de Hayabusa, o que aumenta o leque estratégico e destruidor do ninja da Tecmo. Além disso, sua deliciosa/voluptuosa/gostosa companheira de batalhas do Ninja Gaiden original, Rachel, aqui retorna não somente fazendo pontas nas cut-scenes, mas fazendo parte também da ação.
Em Ninja Gaiden Sigma, Rachel ganhou seus próprios estágios para eliminar demônios se utilizando de sua enorme foice (para mim aquilo é uma foice), e o resultado é muito bom. Os ataques de Rachel são mais lentos que os de Hayabusa, mas como a arma da “loirona” é muito maior e mais ignorante do que as armas padrões do ninja, seus golpes são muito mais fortes e devastadores. Devido a essa diferença de velocidade, a dinâmica das batalhas travadas com Rachel é diferente, mas igualmente gratificante e difícil.
Hayabusa e Rachel tem seus próprios Ninpos, que não mais são do que poderes que podem ser usados para aniquilar um ou mais inimigos de forma mais rápida e efetiva. Enquanto Rachel tem somente um Ninpo o game todo, Hayabusa possui vários, que podem ser selecionados no menu de opções assim que adquiridos, seja encontrando os scrolls das técnicas durante a jornada, seja comprando.
Entretanto nem tudo são flores, pois o esquema de posicionamento e dinâmica da câmera também se manteve igual ao game original, o que ocasiona, não poucas vezes, momentos de ponto cego com relação aos inimigos. Em um game difícil e movimentado como é Ninja Gaiden Sigma, poucos momentos não vendo onde estão os inimigos pode significar morte certa. Apesar deste sério, mas corriqueiro problema em se tratando de games de ação ou aventura tridimensionais, o sistema de câmera tem seus bons momentos. O melhor deles é um zoom que a câmera aplica em momentos de maior tensão, ou mesmo em ataques de maior impacto, o que aumenta a importância do momento.
A trilha sonora de Sigma segue o padrão deixado pelo game do Xbox. Instrumentos como guitarra e bateria, música eletrônica e até mesmo instrumentos de corda orientais se mesclam, fazendo o jogador entrar no clima, tanto de estar controlando um ninja, o que por si só é uma “experiência nipônica”, quanto de estar destruindo a todos e sendo o “fodãozãozalhão!”. É uma trilha bem variada e competente, mas não possui uma música sequer que ficará em sua mente após as partidas, faltou na trilha sonora de Sigma uma música de proporções épicas. Seria fantástico…
Quanto ao enredo do game, deixa pra lá. É bobinho, clichê, sem inspiração e só serve mesmo como desculpa para a ação rolar. Games de ação não costumam mesmo possuir bons enredos, sequer considero isso um demérito em Ninja Gaiden Sigma.
Ninja Gaiden Sigma com certeza não causou o mesmo impacto que Ninja Gaiden para Xbox causou. Por certo Sigma não tem a mesma importância histórica no mundo do entretenimento eletrônico que o original possui. Mas é certo dizer que Ninja Gaiden Sigma é a versão definitiva deste fantástico game de ação, que trouxe de volta o ícone dos 8 bits Ryu Hayabusa.
Se você ainda não teve a chance de experimentar Ninja Gaiden em todo o seu poder no Xbox, comece por Sigma, pois por certo é a melhor forma de adentrar ao mundo de ninja da Tecmo. Caso já tenha jogado o game no console da Microsoft e tenha apreciado, dê uma chance a Ninja Gaiden Sigma, pois as adições, se não revolucionam o original, melhoram tudo o que ele possuía de bom, e de quebra melhoram alguns aspectos que possuía de ruim.
Conclusão: Se Ninja Gaiden já era bom para o Xbox, Ninja Gaiden Sigma é fantástico. É certo que não é necessariamente um game da atual geração, mas ainda assim é um dos melhores games de ação a que temos acesso. Na verdade é um dos melhores games de ação de todos os tempos.
Nome: Ninja Gaiden Sigma
Sistema: PS3
Desenvolvedora: Team Ninja
Ano de Lançamento: 2007
Nota da análise: 9/10
+ Jogabilidade matadora, tão afiada quando as lâminas que Hayabusa usa.
+ A animação dos personagens é soberba, assim como o é a direção de arte do game.
+ Alta dificuldade, o que para jogadores hardcore é perfeito!
- Alta dificuldade, o que para jogadores não hardcore é inacessível.
- Não há um modo multiplayer, coisa que Sigma 2 veio corrigir posteriormente.

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Amnesia


Amnesia

Incêndio, afogamento, fragmentos de memórias... Amnesia. Primeiro de agosto, uma garota acorda meio confusa e parece ter sofrido algum acidente, e acorda no trabalho depois de ter desmaiado. O problema é que não se lembra de nada. Um espirito chamado Orion que só ela pode ver ou ouvir diz que a perda de memória é culpa dele, que por causa disso ela está presa a este espírito.









Trabalha em um restaurante com um tratamento um pouco diferente dos outros, Kinto, Sawa, Mine e seu gerente são seus companheiros de trabalho. Enquanto tenta esconder ao máximo que perdeu toda sua memória, pois não sabe exatamente em quem confiar, surgem fragmentos do passado o que deixa tudo mais confuso. Sua memória bagunçada deixa brechas deixando as coisas mais sem sentido ainda. Depois do primeiro dia de trabalho que foi uma tortura graças a sua amnesia, nossa heroína encontra com garotas falando sobre promessas quebradas, então após outro fragmento de memória acaba desmaiando. Com o passar dos dias uma viagem que estava marcada para o dia 8 de agosto acontece e no fim da noite daquele dia outro acidente acontece, então ela acorda em um hospital com Shin, que logo em seguida a beija. Parece que são namorados, mas olhe a data: Primeiro de Agosto?! Não estávamos no dia 8? O que aconteceu?! Quem sou . . . eu . . . ???







Akane Iro ni Somaru Saka


Akane Iro ni Somaru Saka

Apesar de ser um jovem e gentil estudante, Nagase Junichi tem uma fama de matador - seus amigos espalham esses boatos a seu respeito. Certo dia havia uma linda garota em perigo e Nagase a salva de homens que a dominavam. Naquele momento, ele sentiu algo especial sobre aquela garota. Eis que a tal menina entra para a mesma escola que Nagase e logo fica bastante popular, dado a sua incrível beleza. Porém, ela já estava visivelmente apaixonada pelo matador da escola...































segunda-feira, 11 de março de 2013

Seção Trash Games: Golden Axe: Beast Rider – uma vergonha para a série clássica!


Seção Trash Games: Golden Axe: Beast Rider – uma vergonha para a série clássica!

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Uma época muito especial na vida de qualquer gamer Old School por certo foi o período que engloba o fim da década dos anos 80 a meados dos anos 90. Período esse em que os maiores clássicos da indústria do entretenimento eletrônico surgiram, não coincidentemente, foi o período da “batalha dos 16 bits”, em que Sega e Nintendo combatiam entre si pela supremacia.
Nesse período clássicos absolutos como “Final Fight“, “Streets of Rage“, “Street Fighter 2“, entre outros (me atenho por aqui pois a lista é enorme), surgiram gloriosos. Dentre tais virtuoses videogamelísticas, surge pelas mãos da Sega um dos games mais marcantes dessa época: “Golden Axe“.
Não vou me ater aqui a tratar um pouco sobre a série clássica pois o Canto Gamer já possui a análise dos três games lançados para o Mega Drive. Falarei somente que, tirando o terceiro e último game da série clássica, os games foram sucesso absoluto, clássicos instantâneos, unindo um visual medieval, ação de qualidade, dificuldade na medida e, é claro, um multiplayer divertidíssimo.
Pressupondo então que já leram as análises dos games aqui no site, ou então que já conhecem a série em questão, prossigo.
Dada tamanha carga histórica e nostálgica para com a série “Golden Axe” fica fácil saber o porquê de tanta comoção, preocupação e ansiedade dos jogadores quando a Sega anunciou estar trabalhando em um novo que carregaria o nome “Golden Axe” a ser lançado para Playstation 3 e X360.
Se a preocupação era maior do que a ansiedade ou vice-versa não sei mensurar muito bem, pois a Sega anda errando a mão em proporção muito maior do que acertando no quesito de desenvolvimento de games. Posso estar equivocado, mas na atual geração só me recordo de um game verdadeiramente bom que carrega o nome da Sega tanto como produtora, quanto como distribuidora: “Virtua Fighter 5” (lembrando que “Bayonetta” e “Vanquish” são somente distribuídos pela Sega). Esse fato, em contraponto com a alcunha de “matadora de clássicos próprios” que a Sega angaria, vide Sonic, Altered Beast, entre outros, faz ficar difícil confiar na produtora.
Eis que surge o game, e assim sendo, com o espírito de um gamer que vivenciou a época áurea, tanto da Sega, quando de “Golden Axe”, vamos à análise de “Golden Axe: Beast Rider“, game esse que infelizmente, entra para o hall dos jogos de minha “coluna” “Trash Games”.
Antes de começar, digo desde já que o game possui tantas falhas, tantos pontos mal resolvidos, tantas arestas soltas, que não sei dizer se possível será tratar todas da maneira com que mereceriam, ou mesmo, não sei se será possível sequer citar todas, mas deixarei aqui o relato das principais mazelas do game, o que já o motivará, por certo, a passar bem longe dessa bomba (mais uma) da Sega.
Sobre como desrespeitar um Clássico
A idéia implícita no game é clara, repaginar e atualizar a franquia, para tentar criar um clássico moderno, inspirado pelo clássico de outrora, e nesse conceito não há nada de errado. O erro aqui foi na execução da ideia. Em absolutamente todos os quesitos em que a equipe de produção do game tentou inovar/modernizar ela falhou miseravelmente.
Comecemos a falar curto e grosso sobre a pior mazela do game, aquela que chega a doer em nossa mente, um momento “Whatafuck” por natureza, sem nem mesmo necessidade de verificar como o game ficou depois de pronto para sabermos que isso esta MUITO errado. O game é single-player!
Isso mesmo, “Golden Axe Beast Rider” é um game somente para um jogador, tendo como personagem selecionável tão somente Tyris Flare. E sim, isso é medonho. Todas, absolutamente todas as minhas boas recordações com os games clássicos da série são jogando com meus amigos, e não me venha você dizer que as suas também não o são. Pense como seria interessante jogar um game da série, em especial um bom game para a atual geração de consoles, em um multiplayer online. Se você não havia pensado nisso, bom, eu pensei. Mas se não pensaste nisso não se preocupe, não estás sozinho, pois a Sega também não pensou.
Não ache você que “Golden Axe Beast Rider” sendo um game de ação single-player medieval tem alguma pretensão de se tornar um “God of War” da vida. Bom, pretensão até tinha de repente, mas passou longe. A jogabilidade é medonha, lenta, desconjuntada e em nenhum momento consegue injetar no jogador a adrenalina que o game dos anos 80, um simplório game 2D, o conseguia.
Logo no inicio do game temos um tutorial para que conheçamos os comandos principais do game, e desde esse tutorial, começamos a conhecer as mazelas da jogabilidade do game. Dentre tais mazelas aqui reconhecíveis, temos controles que nem sempre respondem a contento, movimentação robótica dos personagens (bem robótico mesmo, padrão Tomb Raider PSX) e pouca possível variação de ataques. A equipe de produção até tentou inserir um pouco de tática às batalhas, para tal criou um sistema de defesa e contra ataques, entretanto, contraditoriamente à intenção inicial, o movimento de defesa é demorado e depois de estar em instância de defesa, Tyris demora um bocado para voltar a poder se locomover livremente, o que garante, em batalhas com vários inimigos, pancadas diversas devido a esse lapso de “tempo pós defesa”, e acredite, isso vai acontecer demais!
As magias, sinônimo de inovação e classe nos games clássicos, estão de volta em “Golden Axe Beast Rider”, e funcionam de maneira similar a seus predecessores. Em Beast Rider, a medida que avançamos no game ganhamos mais e mais magias, mesmo não sendo tão somente derivadas do fogo, o que é estranho dada a personagem principal. Tais magias devem ser utilizadas com parcimônia pois não são em “toda a esquina” que encontramos recarregadores de MP para aplicá-las. Seriam interessantes se tais magias fossem criativas, mas não fogem dos padrões que, provavelmente, o próprio Golden Axe clássico definiu para esse gênero. Dada a jogabilidade ruim do game como um todo, acabam perdendo o brilho que teriam. Uma pena.
O maior, talvez único, momento de criatividade do game se dá na instância que cerne, e justifica, o subtítulo do game, “Beast Rider”. Em Golden Axe: Beast Rider podemos nos utilizar de várias criaturas para, assim como no game clássico, “montar” neles e controlá-los, causando danos maiores nos inimigos, no entanto, ao contrário do que ocorre no game clássico, em Beast Rider podemos nos utilizar de criaturas realmente monstruosas, muito maiores do que os personagens regulares.
Cada uma das criaturas possui seu próprio senso de humor, personalidade se preferir. Alguns são mais calmos, e assim são simples de controlar. Outros são mais agressivos, dando trampo para aceitar suas ordens. Algo interessante e que daria, se o todo não fosse tão precário, um senso de imersão bem maior ao game.
Infelizmente temos problemas também no sistema de controle de criaturas do game. O controle dos bichos ou é travado demais ou é “solto” demais, fazendo com que controlá-los seja um desafio por si só, independentemente da personalidade da criatura. Outro problema é a sonorização do mesmos. Dependendo da besta que estiver controlando, a criatura aplica tão somente um golpe e executa o mesmo grunhido toda a maldita vez que ataca. Se não acha que isso possa ser um pé no saco, experimente controlar o dragão cuspidor de fogo, o mesmo do original aliás, e passe 5 minutos jogando com ele. É insuportável. Por falar em comparação com o Golden Axe clássico, a única besta que o clássico e Beast Rider possuem em comum é justamente o dragão cuspidor de fogo.
Por fim, vale dizer que, assim como no original, os inimigos também podem se utilizar das bestas para lhe atacar, e ai a coisa fica violenta.
Um game de ação em que os controles não ajudam o jogador em nada, por consequência, já não vale muita coisa, no entanto, continuemos a analisar os outros aspectos do game, que são tão ruins quanto tudo o que já foi dito até aqui sobre Beast Rider.
Visualmente o game não chega a ter nenhum grande demérito, o que, se não é um elogio, pelo menos, fica acima da média do resto do que o game oferece ao jogador. Com cenários que tentam a todo custo remeter o jogador ao nostalgismo dos games clássicos, por isso a utilização de poucas cores na construção dos mesmos, Golden Axe: Beast Rider peca principalmente por dois aspectos nesse setor.
O primeiro deles é a falta de criatividade dos cenários. Todos são extremamente sem vida, sem nada que chame a atenção para os mesmos, sem nenhum momento, ou mesmo, nenhuma construção ao longo de todo o game, que seja memorável. São cenários extremamente monótonos e insossos. Onde está a genialidade que foi capaz de das aos jogadores cenários como a Turtle Island e a Eagle Island do primeiro game senhorita Sega? ONDE?!
O segundo dos aspectos em que Beast Rider peca no que cerne aos cenários é o desleixo técnico em sua construção. É inadmissível que um game a essa altura do campeonato possua a quantidade de paredes invisíveis que Beast Rider possui. Não sei, enfie uma árvore no caminho, uma parede, o Chuck Norris impedindo a passagem, qualquer coisa, mas não enfie zilhões de paredes invisíveis em um game pelo o amor de Deus!
O design dos personagens é horroroso. Tomemos por exemplo o design da própria Tyris Flare. Como conseguiram pegar um design de uma guerreira bárbara sexy e deixá-la parecendo com a Lady Gaga? Sério. Onde estavam com a cabeça quando desenvolveram o aspecto visual final de Tyris Flare para esse Beast Rider? Pior ainda, onde estavam com a cabeça quando aprovaram a criação desse design? ONDE?!
Os demais inimigos e personagens seguem a linha de Tirys, ou seja, sem nenhuma criatividade aparente para design. Já as criaturas a serem controladas, as bestas, essas são melhor concebidas, mas nada que não já tenhamos visto em outros monstros de games do gênero, tudo bem “clichezão” mesmo.
O que melhor se sai em questões visuais são mesmo as magias, mas que não chegam a impressionar tanto, afinal de contas, os olhos do jogador já viram tanta mediocridade que as magias não vão salvar o game de ser achincalhado nesse aspecto.
As trilhas sonoras de Beast Rider até tentaram ser tão memoráveis quanto as trilhas sonoras de Golden Axe 1 e 2 o foram, mas até mesmo aqui Beast Rider falha miseravelmente. As composições do game são iguais aos cenários, insossas e sem graça. Nenhuma das faixas o deixará o jogador emocionado ou tenso suficiente dada a situação, tão pouco ficará na mente de alguém por anos a fio como as composições da série clássica o fizeram. Entenda, as músicas não são ruins, são tão somente “ok.” É como se você tirasse 60% exatos para passar de ano no colégio: para uns está ótimo, mas para os mais exigentes….
Quanto aos efeitos sonoros, temos aqui o padrão para um game do gênero: Efeitos de magia, sons de espadas, gritos de dor e bravura. Nenhum demérito aqui, assim como nenhum elogio.
As dublagens não estão boas, com vozes sonolentas e com eventuais perdas de sincronismo. Mas não devem ter se preocupado tanto com isso já que a história do game é bobinha e forçada.
Dentre tantas mazelas, acredito que a única coisa interessante em Golden Axe: Beast Rider sejam os desmembramentos e a sanguinolência do game. Durante as batalhas desmembramos os inimigos facilmente, o que é sempre muito bom em um game de ação com lâminas. Quem sabe no próximo game, possamos desmembras a equipe de produção inteira de Beast Rider, isso sim seria interessante.
And the Beast dies…
No fim das contas, Golden Axe: Beast Rider é tão somente mais um game severamente ruim, cheio de falhas, ruim de se jogar, estranho de se olhar e insonso de se ouvir, que ostenta um desmerecido nome de peso do mundo dos games, e que provavelmente por isso mesmo, tem lá os seus defensores.
A Sega, conhecida por destruir seus próprios clássicos com reinvenções modernas dos mesmos, segue sua tendência, sua cartilha, de lançar qualquer porcaria carregando o nome de uma de suas poderosas franquias do passado, desrespeitando assim não só o game clássico do qual o pedaço de mídia carcomida herdou o nome, mas desrespeitando os jogadores e a si mesma.
Uma vergonha Sega, uma vergonha…..
Conclusão: Golden Axe: Beast Rider é um lixo. Vá jogar a série no Mega Drive e esqueça de todo e qualquer outro Golden Axe que não tenha sido lançado para Arcades e Mega Drive. Será mais feliz assim.
Nome: Golden Axe: Beast Rider
Sistema: PS3, X360
Desenvolvedora: Secret Level/Sega
Ano de Lançamento: 2008
Nota da análise: 1/10
+ O sistema de bestas tem conceitos interessantes.
- Terrível character design.
- Todo o pacote Áudio Visual.
- Jogabilidade dura e monótona.
- Carregar o nome de uma das séries mais queridas entre os jogadores Old School.

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